6/18/2009 10:47:00 PM Comment1 Comments

O sentimento sincero que tive ao receber a notícia foi indiferença. Eu já havia comentado com algumas pessoas, antes, que era a favor da obrigatoriedade (continuo sendo), mas se a lei fosse revogada eu não teria grandes problemas.Sinto um pouco pelos futuros estudantes de jornalismo, que podem perder o estímulo, mas em toda profissão há uma série de dificuldades, cabe a cada um aceitar as que lhe são impostas se realmente deseja atuar na área, caso contrário, desista. É uma pena que se desista de estudar jornalismo por causa do mercado. Numa visão bem funcionalista, eu vejo a imprensa como instituição e, sendo pouco liberal, acho que instituições, quando possuem grande repercussão na sociedade, devem ser reguladas. Vejo a formação acadêmica como melhor meio possível para adquirir as competências necessárias ao exercício do jornalismo, bem como qualquer profissão, e, por achar que a sociedade merece os profissionais mais competentes possíveis, penso que o diploma deve ser obrigatório. Contudo, como a teoria funcionalista bem diz, quando uma instituição falha, as demais são prejudicadas. A educação no Brasil está falha, por isso, nem sempre os melhores profissionais vêm da academia, talvez até por terem achado desnecessário "submeter-se" a ela. Poderia haver um jornalismo melhor se todos fossem diplomados, ao menos é nisso que acredito. Mas, para que meu argumento a favor da obrigatoriedade do diploma surta efeito, a educação precisa ser mais regulada (leia-se consideravelmente melhorada) , a fim de gerar profissionais de competência inconstestável. Assim, o diploma não seria uma mera prova de conclusão de curso, mas atestado de excelência. Claro, sempre haverá aquele que se forma e não é tão competente, mas não se deve comprometer uma instituição inteira e, por consequência, uma sociedade, por causa de exceções. Essas exceções não teriam vez no mercado de trabalho.E é nessa crença de que incompetentes não têm vez no mercado que me apoio para seguir meu curso, estudando com afinco, a fim de tornar-me o melhor profissional que posso ser. É nessa crença que também reside minha indiferença, se eu for bom, haverá lugar pra mim, se não for, serei engolido pelo mercado. Vivo no capitalismo, o aceito e admiro. Só acho que concorrência deveria existir entre formados, afinal de contas, existe uma razão para que esse ensino seja chamado de superior, pena que ela não seja tão evidente na realidade brasileira. Por isso, indiferente sou.

1 comentários:

Mariana Gominho disse...

jah tow de saco cheio de td mundo perguntar oq acho, mas sempre respondo o mesmo: uma injustiça, não tanto para os jornalistas de talento - afinal, esses sempre terão espaço, independente da obrigatoriedade ou não do diploma - mas para a imprensa e a sociedade, que já estão em uma situação bastante delicada quanto à ética profissional (não apenas no campo jornalístico, em todos).

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