Lost ‘til you found
Swim ‘til you drown
Know that we all fall down
Love until you hate
Jump ‘til you break
Know that we all fall down
Ouvi essa música em diferentes momentos da minha vida, mas parece que nunca quis tanto entender e agir de acordo com a mensagem que vem nela quanto atualmente. Criei muitas expectativas, construí várias metas e, por muitas vezes, deixei de agir por causa do medo de errar.
Um pensamento tem sido bem recorrente em minha cabeça, antes era um mero conselho da minha consciência, depois passou a ser certo desconforto, mas agora é uma necessidade: “Preciso organizar minha vida”. Cheguei a um ponto em que “cansar” e “desistir” tem sido verbos muito comuns no meu vocabulário, geralmente conjugados no pretérito perfeito, seguidos pela vaga tentativa de trazer o verbo “mudar” para minha pessoa, minha primeira pessoa, fazer dele a primeira ação da minha pessoa. Esqueci-me de ser o sujeito e me tornei objeto, objeto de uma ação que escolhi praticar antes, no meu pretérito que agora parece mais que perfeito, graças à confusão na qual me encontro. Preciso unir o melhor do que fui com os planos do que posso ser, sair da inércia e, mais que tudo, errar.
Acho que já segui o primeiro passo do refrão. Estou me perdendo até encontrar o que quero ser, inclusive tentando agir em prol desse encontro. Contudo, ainda preciso nadar até me afogar, ainda preciso cansar. E não no sentido que tenho me cansado ultimamente, por descrença, por enjoo, mas por verdadeiro esforço, por tentar repetidamente. Preciso cair na piscina e nadar até perder todas minhas energias, porque mesmo me afogando terei a certeza de que nadei, não fiquei na raia perguntando se valeria à pena. Assim como amar até odiar, romper a linha tênue entre o amor e o ódio e depois entender porque amei e, ao final, escolher pelo amor, já que ele deve superar o ódio. Acreditar no amor sempre nos pareceu uma ótima válvula de escape. Assim como pular todos os meus obstáculos até quebrar, quebrar algum parâmetro, algum limite, ou me quebrar e, com isso, juntar meus pedaços numa forma de me conhecer. O que me permite isso é a consciência do erro, de que todos nós caímos, perdemos, vacilamos. “We all fall down”! Prefiro tentar e depois me orgulhar de ter agido a permanecer na preguiça e não mais evoluir. Meu medo não deve ser o de cometer os erros, deve ser de não saber repará-los.
“Whenever your world starts crashing down, that’s when you’ll find me”
2 comentários:
João, nada de ser homem-objeto, vamos agir!
Abraços,
Gabriela.
Ou seja, volte a fazer natação.
Abraços,
Diogo.
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